quarta-feira, 30 de junho de 2010
«Mudança climática afecta modo de vida de pastores em África»
Na Rádio ONU: "Medidas urgentes são necessárias para ajudar criadores de gado a enfrentarem o crescente impacto de mudanças climáticas, incluindo estratégias governamentais para facilitar a sua passagem segura em fronteiras nas regiões do Corno de África e África Oriental. Esta é uma das recomendações chave de um novo relatório lançado na terça-feira em Nairobi, Quénia, pelas Nações Unidas e parceiros." [notícia integral]
terça-feira, 29 de junho de 2010
«Sócrates: estratégia europeia contra alterações climáticas passará pelo carro eléctrico»
No PÚBLICO: "Depois da aposta nas energias renováveis, a luta contra as alterações climáticas deve evoluir para os transportes, em especial para o carro eléctrico, disse hoje José Sócrates. "As metas ambientais a que a União Europeia se impôs até 2020 não deixam outra alternativa que não seja o veículo eléctrico. Não tenho dúvidas que o veículo eléctrico vai triunfar nas cidades europeias", afirmou, no lançamento do primeiro posto real da rede nacional de abastecimento para a nova geração de veículos, no Parque das Nações, em Lisboa." [notícia integral]
sábado, 26 de junho de 2010
«China: 122 cientistas partem para o Pólo Norte para estudar alterações climáticas»
No DN: "Uma equipa de 122 cientistas chineses partirá da China para o Pólo Norte a 1 de julho na quarta expedição do país para estudar as alterações na superfície do gelo e o efeito no meio ambiente. O anúncio foi feito hoje pela Administração Estatal Oceânica e o grupo, que viajará acompanhado por jornalistas chineses, participará no Ártico num projeto científico que durará 85 dias." [notícia integral]
«Cientistas prevêem que 2010 venha a ser o ano mais quente de que há registo»
Na RTP: "Os cientistas prevêem que 2010 venha a ser o ano mais quente de que há registo. O aquecimento global deverá ainda levar a uma diminuição substancial do gelo no árctico. Fenómenos resultantes do aquecimento global, que em Portugal pode provocar contudo um arrefecimento." [vídeo]
«Governo diz aos japoneses para reduzirem emissões deitando-se uma hora mais cedo»
No Ecosfera/PÚBLICO: "O Ministério do Ambiente japonês lançou uma campanha para encorajar os cidadãos a deitarem-se uma hora mais cedo e assim reduzir as suas emissões de dióxido de carbono. O Desafio da Manhã (Morning Challenge) baseia-se na premissa de que desligar as luzes uma hora mais cedo, à noite, e compensar por acordar uma hora mais cedo, e aproveitar a luz do Sol, pode reduzir as emissões do país." [notícia integral]
sexta-feira, 25 de junho de 2010
«Connie Hedegaard: A UE ainda lidera»
Na Euronews: "Num contexto de difíceis negociações quisemos saber qual é a posição de Bruxelas. Há seis meses, a comissária europeia para a Acção Climática, Connie Hedegaard, presidia à conferência da ONU para as Mudanças Climáticas em Copenhaga." [notícia integral e vídeo]
«Franny Armstrong: Os políticos não podem avançar para um acordo climático sem o apoio do público»
Na Euronews: "Franny Armstrong é uma realizadora independente e defensora ambiental, em Londres. O seu mais recente documentário chama-se "A idade da estupidez" e lançou, no Reino Unido, a campanha 10/10, que procura mobilizar pessoas e empresas para reduzir as emissões poluentes em dez por cento este ano." [notícia integral e vídeo]
«Mudanças climáticas: Um desafio difícil de resolver»
Na Euronews: "Esta semana a euronews dedica uma edição especial às decisões difíceis que afectam as mudanças climáticas. A última grande reunião da ONU sobre o assunto fracassou. No final, não houve um acordo internacional restritivo sobre a redução das emissões poluentes. Um facto que deixa muitas pessoas extremamente preocupadas." [notícia integral]
quinta-feira, 24 de junho de 2010
«Mudanças climáticas catastróficas para espécies migratórias»
Na Rádio ONU: "Pesquisa realizada para Convenção de Espécies Migratórias de Animais Silvestres do Pnuma mostra que entre os animais mais afetados estão baleias azuis, peixes-boi e várias espécies de tartarugas. Espécies migratórias como tartarugas e baleias são excepcionalmente vulneráveis às mudanças climáticas. Essa é a conclusão preliminar de uma pesquisa da Sociedade Zoológica de Londres para a Convenção de Espécies Migratórias de Animais Silvestres do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma." [notícia integral]
«Portugal acima do limite de Quioto em 3%»
No Ambiente Online: "Os dados apresentados hoje pelo Governo, referentes a 2008, dão conta de que Portugal está com uma prestação de 3,4 por cento acima do limite de emissões de C02 estabelecido pelo Protocolo de Quioto. De acordo com o cenário traçado pela Comissão para as Alterações Climáticas (CAC), esta ultrapassagem dos limites representa uma emissão, entre 2008 e 2012, de 13 milhões de toneladas de CO2." [notícia integral]
«Estudo avalia credibilidade de quem estuda o clima»
No Ecosfera: "Cerca de 98 por cento dos cientistas que estudam as alterações climáticas defendem que a acção humana está na origem do aquecimento global e estes têm também um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto, concluiu um estudo que acaba de ser publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences". [artigo integral]
«ONU: Fundo de Adaptação às Alterações Climáticas aprova primeiros projectos»
No Observatório do Algarve: "A ONU deu luz verde aos quatro primeiros projectos a beneficiar do Fundo de Adaptação às Alterações Climáticas. Entre estes, estão projectos como o combate à elevação dos mares das ilhas Salomão e o combate à ameaça de inundação dos lagos glaciares no Paquistão." [notícia integral]
sexta-feira, 18 de junho de 2010
«Invernos Frios e Nevados serão 'a regra' no clima da Europa no Futuro»
No Naturlink: "Uma conjunção de factores naturais e do aumento da concentração dos gases com efeito de estufa está na origem de alterações no clima do Árctico. Estas são responsáveis por modificações nos padrões de vento que causaram o Inverno frio e nevado que se viveu em 2009-10. As alterações são irreversíveis e farão com que os Invernos frios e com neve se tornem a "regra". [artigo integral]
sábado, 12 de junho de 2010
«Reportagem da TVI sobre alterações climáticas e aquecimento global premiada no Mónaco»
No Portugal Diário: "A grande reportagem «Terra Desafio Global», emitida no Repórter TVI, ganhou, esta quinta-feira à noite, um prémio no Festival Internacional de Televisão de Montecarlo, no Mónaco. Trata-se do prémio especial do príncipe Rainier III para a Melhor Reportagem na Categoria de Ambiente. Um trabalho da jornalista Isabel Loução Santos, do repórter de imagem Gonçalo Prego e com edição de Miguel Freitas. Reveja aqui a reportagem «Terra Desafio Global», que foi emitida a 14 de Dezembro do ano passado." [notícia integral]
[Parte I, II e III no Youtube]
[Parte I, II e III no Youtube]
«Clima: UE vai entregar 7,2 mil milhões de euros a países em desenvolvimento»
No Ecosfera: "A comissária europeia para a Acção Climática disse hoje que a União Europeia vai cumprir a sua promessa de entregar 7,2 mil milhões de euros entre 2010 e 2012 aos países em desenvolvimento para o combate às alterações climáticas. "Nós vamos entregar o montante prometido", disse Connie Hedegaard à chegada ao Conselho de Ministros do Ambiente, que se realiza hoje no Luxemburgo." [notícia integral]
sexta-feira, 11 de junho de 2010
«Mudança climática põe plantas em fuga»
No DN: "Vêmo-la estática, de raízes entranhadas na terra, mas a vegetação, afinal, move-se. Lentamente, mas move-se. Isso está, aliás, a acontecer à escala planetária devido às alterações climáticas, como confirma um estudo global feito por investigadores da universidade da Califórnia, em Berkeley, e do departamento norte-americano para a agricultura e a floresta." [notícia integral]
quinta-feira, 3 de junho de 2010
«Emissões europeias de gases com efeito de estufa diminuíram 1,9 por cento em 2008»
No Ecosfera/PÚBLICO: "As emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia (UE), a Quinze, diminuíram 1,9 por cento em 2008, relativamente ao ano anterior, segundo o mais recente inventário publicado hoje pela Agência Europeia do Ambiente. O inventário das emissões de 2008, último ano em relação ao qual existem dados completos, salienta que as emissões diminuíram 1,9 por cento enquanto a economia cresceu 0,6 por cento. A Comissão entende que isto mostra que "o crescimento económico pode ser acompanhado do desenvolvimento hipocarbónico". [notícia integral]
quarta-feira, 2 de junho de 2010
«Negociações sobre o clima retomadas em Bona»
No Ecosfera: "Uma nova ronda de negociações formais sobre o combate ao aquecimento global teve início ontem, em Bona, Alemanha, ensombrada ainda pelo fracasso da cimeira climática de Copenhaga, em Dezembro passado. Divisões profundas entre diferentes grupos de países estão a ressurgir em Bona, confirmando a expectativa de que não será possível chegar-se a um novo tratado climático global este ano. "A reunião de Copenhaga pode ter adiado a obtenção de resultados por um ano pelo menos, mas não adiou os impactos das alterações climáticas", alertou Yvo de Boer, secretário executivo da convenção da ONU para o clima." [notícia integral]
terça-feira, 1 de junho de 2010
«FAO pede acção urgente contra alterações climáticas»
Na Rádio ONU: "A agricultura pode potencialmente ser parte de uma solução para as alterações climáticas e, ao mesmo tempo, respeitar e apoiar o desenvolvimento e segurança alimentar nos países pobres. A afirmação está contida num documento preparado pela Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação, FAO, e entregue esta terça-feira a um grupo de trabalho das Nações Unidas que está a elaborar estratégias a longo prazo para a mitigação a mudanças climáticas." [notícia integral]
sexta-feira, 28 de maio de 2010
UE pondera vantagens e inconvenientes da imposição de objectivos de emissão mais estritos
Um estudo demonstra que os custos do combate ao aquecimento do planeta são hoje mais baixos do que em 2008, quando a UE fixou os objectivos em matéria de luta contra as alterações climáticas.
Antecipando-se às negociações da ONU sobre o clima que decorrerão na próxima semana, a UE publicou um estudo sobre a viabilidade da adopção de objectivos de redução das emissões mais rigorosos.
A UE já se comprometeu em reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020 em, pelo menos, 20% em relação aos níveis de 1990. Na conferência da ONU sobre o clima de Copenhaga, os 27 prometeram elevar essa meta para 30% se outros grandes países poluidores fizessem o mesmo. Dado a inexistência de acordo até à data, os ministros do ambiente solicitaram à Comissão que estudasse a possibilidade de a Europa avançar sozinha. Os resultados foram apresentados pela Comissária responsável pela acção climática, Connie Hedegaard.
Nesse estudo calcula-se que o objectivo de 30% viria a custar ao conjunto dos países da UE oito mil milhões de euros por ano (0,54% do PIB). Embora este montante corresponda a mais 33 mil milhões de euros por ano do que o objectivo de 20% custaria actualmente, representa apenas mais 11 mil milhões do que o custo em 2008.
A diminuição dos custos reflecte o declínio da procura de energia durante a recessão e a subida dos preços do petróleo, factos que provocaram a redução do «preço da poluição» na Europa. A UE exige que as indústrias pesadas adquiram licenças de emissão de gases, negociáveis de diversas formas na Europa. Com base nos preços do carbono, o custo do cumprimento do objectivo obrigatório de 20% diminuiu 30% desde 2008, tendo passado de 70 mil milhões de euros por ano para 48 mil milhões de euros.
O estudo refere que a adopção de um objectivo mais ambicioso estimularia a economia e reduziria a dependência da UE de petróleo e gás «estrangeiros» e tornaria mais fácil para a Europa cumprir o seu objectivo de reduzir as emissões em 80% até 2050.
Daria também um novo alento às negociações sobre o clima depois da desilusão de Copenhaga, onde não se conseguiu chegar a um acordo internacional vinculativo para solucionar o problema das alterações climáticas. As negociações da ONU, congeladas desde Copenhaga, serão retomadas a 31 de Maio.
O estudo explora formas de se conseguir cortes mais drásticos e analisa as implicações de um objectivo mais ambicioso de emissões fora da UE. Entre as opções estudadas estão a retenção de licenças de emissão de CO2 e a utilização de licenças para premiar as indústrias ecológicas.
Fonte: Comissão Europeia
Antecipando-se às negociações da ONU sobre o clima que decorrerão na próxima semana, a UE publicou um estudo sobre a viabilidade da adopção de objectivos de redução das emissões mais rigorosos.
A UE já se comprometeu em reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020 em, pelo menos, 20% em relação aos níveis de 1990. Na conferência da ONU sobre o clima de Copenhaga, os 27 prometeram elevar essa meta para 30% se outros grandes países poluidores fizessem o mesmo. Dado a inexistência de acordo até à data, os ministros do ambiente solicitaram à Comissão que estudasse a possibilidade de a Europa avançar sozinha. Os resultados foram apresentados pela Comissária responsável pela acção climática, Connie Hedegaard.
Nesse estudo calcula-se que o objectivo de 30% viria a custar ao conjunto dos países da UE oito mil milhões de euros por ano (0,54% do PIB). Embora este montante corresponda a mais 33 mil milhões de euros por ano do que o objectivo de 20% custaria actualmente, representa apenas mais 11 mil milhões do que o custo em 2008.
A diminuição dos custos reflecte o declínio da procura de energia durante a recessão e a subida dos preços do petróleo, factos que provocaram a redução do «preço da poluição» na Europa. A UE exige que as indústrias pesadas adquiram licenças de emissão de gases, negociáveis de diversas formas na Europa. Com base nos preços do carbono, o custo do cumprimento do objectivo obrigatório de 20% diminuiu 30% desde 2008, tendo passado de 70 mil milhões de euros por ano para 48 mil milhões de euros.
O estudo refere que a adopção de um objectivo mais ambicioso estimularia a economia e reduziria a dependência da UE de petróleo e gás «estrangeiros» e tornaria mais fácil para a Europa cumprir o seu objectivo de reduzir as emissões em 80% até 2050.
Daria também um novo alento às negociações sobre o clima depois da desilusão de Copenhaga, onde não se conseguiu chegar a um acordo internacional vinculativo para solucionar o problema das alterações climáticas. As negociações da ONU, congeladas desde Copenhaga, serão retomadas a 31 de Maio.
O estudo explora formas de se conseguir cortes mais drásticos e analisa as implicações de um objectivo mais ambicioso de emissões fora da UE. Entre as opções estudadas estão a retenção de licenças de emissão de CO2 e a utilização de licenças para premiar as indústrias ecológicas.
Fonte: Comissão Europeia
segunda-feira, 17 de maio de 2010
«Convenção da ONU sobre Clima será liderada por diplomata da Costa Rica»
Na Rádio ONU: "O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou esta segunda-feira Christiana Figueres, da Costa Rica, como nova secretária-executiva da Convenção da ONU sobre Mudança Climática, Unfccc. Ela vai substituir o holandês Yvo de Boer que anunciou em Fevereiro que deixaria o cargo a 1 de Julho." [notícia integral]
quarta-feira, 12 de maio de 2010
«Connie Hedegaard Delivers IIED's 2010 Barbara Ward Lecture»
Publicada por
L.G.
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23:55
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terça-feira, 23 de março de 2010
«2009 foi o 5° ano mais quente da história»
Na Rádio da ONU: "As Nações Unidas comemoram nesta terça-feira o Dia Mundial da Meteorologia. Em coletiva de imprensa em Genebra para marcar a data, a Organização Meteorológica Mundial, OMM, lembrou que 2009 foi o 5° ano mais quente desde 1850, quando começaram a ser feitos os registros do clima. As análises da agência demonstram que a década de 2000 foi mais quente que os anos 90, que por sua vez, tiveram temperaturas maiores que as registradas na década de 1980." [notícia integral]
«Temperaturas sofreram aumento nas últimas três décadas»
Na Rádio ONU: "As Nações Unidas comemoram esta terça-feira o Dia Mundial da Meteorologia. Numa conferência de imprensa em Genebra para marcar a data, a Organização Meteorológica Mundial, OMM, lembrou que 2009 foi o 5° ano mais quente desde 1850, quando começaram a ser feitos os registos do clima. As análises da agência demonstram que a década de 2000 foi mais quente que os anos 90, que por sua vez, tiveram temperaturas maiores que as registadas na década de 1980." [notícia integral]
quinta-feira, 11 de março de 2010
«ONU anuncia revisão independente de painel sobre mudança climática»
Na Rádio ONU: "O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, Rajendra Pachauri, anunciaram que o órgão será submetido a análise. Ban disse que, apesar do pequeno número de erros no relatório do Painel divulgado em 2007, não há evidências concretas que desafiem as conclusões principais." [notícia integral]
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
«Ban cria grupo para revitalizar luta contra alterações climáticas»
Na Rádio ONU: "O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou esta sexta-feira o estabelecimento de um Grupo Consultivo para o Financiamento de Mudança Climática. O objectivo é mobilizar os recursos prometidos durante a recente cimeira de Compenhaga, em Dezembro, para combater o aquecimento global." [notícia integral]
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
«Pnuma defende papel do Ipcc no debate sobre mudanças climáticas»
Na Rádio ONU: "O diretor executivo do Programa nas Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, Achim Steiner, defendeu nesta sexta-feira o papel desempenhado pelo Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas, IPCC, na avaliação das alterações do clima no mundo. Em artigo publicado no site do Pnuma, Steiner cita representantes de mídia e céticos que estariam analisando cada detalhe do IPCC nas últimas semanas devido a um erro de taxa exagerada sobre o desaparecimento das geleiras do Himalaia." [notícia integral]
domingo, 3 de janeiro de 2010
«Meteorologia e clima»
Recupero este útil post do Henrique Pereira dos Santos no Ambio: "Meteorologia é a ciência que estuda os meteoros, isto é, os fenómenos da atmosfera. A sua mais conhecida aplicação prática é a previsão do tempo, em diferentes escalas, mas sobretudo em pequenos períodos de tempos. Na realidade as previsões a mais de três dias, embora tenham sofrido progressos notáveis, são ainda relativamente pouco fiáveis. O clima estuda o padrão das variações meteorológicas, ou seja, avalia estatístiscamente os elementos meteorológicos num período suficientemente grande para permitir avaliar padrões para lá da elevada variação meteorológica de curto prazo. O período considerado mínimo para a análise climática são trinta anos, sendo a média das observações ao longo de trinta anos que define a normal climatológica." [notícia integral]
sábado, 2 de janeiro de 2010
Copenhaga começa agora!*
A Cimeira de Copenhaga sobre Alterações Climáticas (COP15) fracassou porque todos alimentámos expectativas demasiado altas. Até ao último dia, já depois do prazo previsto, ignorámos o balanço negativo dos últimos dois anos de negociações e, tal como o Presidente brasileiro Lula da Silva, no discurso de dia 18 de Dezembro, ainda acreditávamos no milagre de um acordo ambicioso, justo e vinculativo.
Sabíamos que os avisos estavam todos feitos pelos cientistas e pelas organizações não governamentais (ONG); e os apelos também, aos milhões, de todos os cantos do mundo. Até os jornalistas conseguiram unir-se numa iniciativa sem precedentes que colocou em 56 jornais de 44 países um editorial comum a exigir bons resultados em Copenhaga. “Se não nos juntarmos para tomar uma acção decisiva, as alterações climáticas irão devastar o nosso planeta”, lia-se nesses dias no jornal Público, que aderiu à iniciativa do inglês The Guardian.
Não precisámos de viver numa frágil ilha do Pacífico, como Tuvalu, para perceber que os perigos são evidentes e que enfrentamos o maior desafio colectivo de sempre. Os factos falam por si, lembrava esse editorial: “Onze dos últimos 14 anos foram os mais quentes desde que existem registos, a camada de gelo árctico está a derreter-se e os elevados preços do petróleo e dos alimentos no ano passado permitiram-nos ter uma antevisão de futuras catástrofes.”
Mas 12 dias em Copenhaga e cerca de 45 mil participantes registados, metade das ONG, não foram suficientes para encontrar a resposta que o Planeta precisa. A Cimeira terminou com um contrato político em vez de um acordo legalmente vinculativo. É certo que o documento e os discursos vinculam quem os assumiu, mas sabe a pouco. Faltam as metas até 2020 e 2050. Falta assumir que nós, países desenvolvidos, temos de alterar estilos de vida.
E falta justiça climática. Falta assumir definitivamente que “as responsabilidades são comuns mas diferenciadas”, como pediu o presidente brasileiro. E que os países desenvolvidos são os principais responsáveis pelas emissões de gases com efeitos de estufa (GEE) desde o início da Revolução Industrial e que isso tem um preço. A conta, dizem muitas vozes, será menor que o valor gasto para salvar o sistema financeiro internacional e, sobretudo, mais barata do que não fazer nada.
Esta contabilidade e os esforços de descarbonização da economia são necessários para que o aumento da temperatura global não ultrapasse os 2º C e o pico de emissões não ocorra depois de 2015, como defende o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC). Este era o objectivo mínimo de Copenhaga. As ONG acreditavam (e exigiam) a manutenção dos compromissos de Quioto a par de uma nova convenção resultante da acção de cooperação de longo prazo.
Aliás, estas eram as duas vias das negociações decorriam nos últimos meses. De um lado, um grupo estudava as hipóteses de novos cortes nas emissões das nações desenvolvidas com base no Protocolo de Quioto, até agora o único documento com compromissos com valor legal. Do outro, estudava-se o financiamento a longo prazo para ajudar os países mais pobres a desenvolverem-se “de forma limpa" e a protegerem-se dos impactos das mudanças climáticas.
Destes grupos e da via negocial directa entre líderes políticos deveria sair um acordo final vinculativo, esperava o Mundo. Mas não saiu. A Cimeira culminou numa caótica maratona negocial de 48 horas de negociações já com a presença só de cerca de 120 chefes de Estado e de Governo.
No último dia, enquanto as poucas ONG ainda autorizadas no recinto discursavam com tempo limitado a dois minutos, o “segmento de alto nível” desdobrava-se em reuniões paralelas. Os Presidentes Obama, Lula, Hu Jintao, Sarkozy e a chanceler Merkel e outros, numa roda-viva de quase 10 horas que terminou com um anúncio prematuro pela voz do norte-americano: temos acordo, anunciou.
Enganou-se Obama e enganou-se a União Europeia, que também deu uma conferência de imprensa já de madrugada. Quem acompanhou os trabalhos através da Internet pôde aperceber-se do caos que marcou a derradeira etapa da COP15. O anúncio de Obama caiu mal junto de muitos delegados, obrigados a esperar sem notícias até às três da manhã.
Foi a essa hora que um visivelmente cansado primeiro-ministro dinamarquês retomou os trabalhos da COP15. Perante uma plateia de delegados de 192 países já cansados, frustrados e alguns mesmo irritados, Lars Rasmussen apresentou resumidamente um “Acordo de Copenhaga” de duas páginas, elaborado por cerca de 30 “líderes representativos” das várias regiões do mundo e propôs uma hora para a sua análise.
Mas pelo menos meia dúzia de países não concordaram com esta abordagem e deixaram claro que não haveria consenso. Tuvalu, Venezuela, Bolívia, entre outros, acusaram o presidente da COP de falta de respeito pelas regras da Convenção e das próprias Nações Unidas. Alegaram que o documento dos líderes fazia tábua rasa dos dois anos de negociações e deixava de fora metas fundamentais.
Ou seja, a COP15 também falhou porque o acordo cozinhado por um punhado de líderes não respeitou as regras nem o trabalho que os técnicos estavam a desenvolver desde a Cimeira de Bali (2007). E porque o primeiro-ministro dinamarquês não esteve à altura da tarefa. Aliás, a forma atabalhoada como conduziu os trabalhos valeu-lhe ser substituído após mais uma longa pausa às sete da manhã. Foi uma boa substituição mas nem o tempo perdido nem os erros acumulados puderam salvar a reunião.
Mas não fosse Ed Miliband, o secretário britânico para as Alterações Climáticas, nem sequer teria havido este acordo. Salvou a madrugada ao propor um ponto de ordem imediatamente depois de Rasmussen ter concluído pela segunda ou terceira vez que não havia consenso e que por isso era impossível aceitar o documento. A solução anunciada de manhã não vale de muito, mas impede que o trabalho dos líderes seja desperdiçado. “A COP toma nota do Acordo de Copenhaga”, repetiu pelo menos três vezes o presidente dos trabalhos.
No rescaldo, ficam duas ideias: faltou maior empenho da UE, que perdeu o papel de liderança que já teve; e que a batalha contra as alterações climáticas não se vence por convenção ou decreto, mas com o envolvimento de cada um de nós. Só assim se evitará que a campanha das ONG afixada no aeroporto de Copenhaga acabe por revelar-se premonitória. Nos cartazes viam-se fotomontagens de Obama, Brown e Lula, entre outros, envelhecidos no ano 2020, a pedir desculpa pelo falhanço da COP15. Pelos vistos, apesar dos apelos que fizeram a menos discursos e mais acção, não lhes podemos confiar este desafio global. Copenhaga é nossa e começa agora!
Luís Galrão
*Texto publicado no jornal 'Quercus Ambiente' n.º 39 de Janeiro/Fevereiro de 2010.
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